O fantástico universo dos mangás e animês invade São Paulo

Dragon Ball Z. Foto: divulgação

SÃO PAULO - Os principais personagens de mangás (quadrinhos) e animês (animação japonesa) vão invadir São Paulo. Quem quer dar um mergulho profundo neste universo fantástico da cultura japonesa deve comparecer ao Anime Friends, a maior convenção de animê e mangá do continente americano, que chega à sua quinta edição. O evento, aberto neste sábado, conta com cantores internacionais, o maior concurso de cosplay (fantasias) do país, shows de bandas nacionais, como Pato Fu, atividades culturais e campeonatos de videogames.


Sediado na UniSant´Anna, o Anime Friends reúne animê, mangá e cultura pop. Ano passado, o público do evento chegou a 51 mil pessoas. Neste ano, espera-se ainda mais gente: 70 mil. O mais divertido é o concurso de cosplay, meio teatral, onde são escolhidas as melhores fantasias criadas a partir de personagens de mangás e animês e apresentações no palco.


Quem prefere jogar se esbalda no campeonato de games, escolhendo seus jogos favoritos e consoles como PlayStation 3, Wii e X-box 360. Tem também o concurso de ilustração e roteiro. Os melhores desenhos serão publicados por uma revista especializada, a Neo Tokyo e o Fanzine Expo, um evento que incentiva a produção e venda de fanzines (publicações independentes de artistas amadores e profissionais).


No Sesc Carmo a exposição “Dreamland – uma pequena viagem ao animê e mangá” começa nesta segunda-feira, com cartazes e acetatos de desenhos animados originais do Japão, cedidos pela Fundação Japão. A mostra terá os principais personagens de olhos grandes, feições infantis, cabelos coloridos que vivem em mundos cheios de magia, aventuras e monstros.






Vários mangás dão origem a animês para exibição na televisão, em vídeo ou nos cinemas, mas também há o processo inverso em que os animês tornam-se uma edição impressa de história em seqüência ou de ilustrações.


Já os animês apresentam o uso de uma direção de arte ágil, enquadramentos ousados, muito movimento de cena e a abordagem de temas variados, como ficção científica, aventura, terror, infantil e romance. É bastante comum, mesmo nas produções infantis, encontrar situações de humor adultas.



A popularização do mangá deve-se justamente aos animês — principalmente “Cavaleiros do Zodíaco”, “Samurai Warriors” e “Dragonball Z”. Nos Estados Unidos, as técnicas do mangá revolucionaram a indústria dos quadrinhos, que redesenhou, valendo-se delas, super-heróis como “X-Men” e “Homem-Aranha”.


No Brasil, o "boom" dos mangás aconteceu em 2000, com o lançamento dos títulos “Dragon Ball” e “Cavaleiros do Zodíaco” pela Editora Conrad. Os títulos, porém, não foram os primeiros a chegar a território brasileiro.


Alguns clássicos foram publicados nos anos 80 e começo dos anos 90 sem tanto destaque, como “Lobo Solitário”, “Akira”, “Crying Freeman” e “A Lenda de Kamui e Mai”. A publicação de vários títulos foi interrompida e o público brasileiro ficou sem os mangás traduzidos.


No Japão, os mangás representam 40% de todas as publicações feitas no país. O mercado editorial dessas HQs movimenta anualmente cerca de US$ 3 bilhões.

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